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Nota sobre apego aos alunos nas aulas de ioga

Atualizado: 30 de jul. de 2022


Amigos professores de Yoga, não tenham apego aos seus alunos e nem se cobrem tanto. Ajudamos algumas almas a conhecerem e vivenciarem uma espiritualidade de matriz indiana, para que um dia eles pratiquem sozinhos, sem a nossa voz, o nosso jeito, os nossos mantras, os nossos hábitos. E iniciem a sua própria jornada, encontrem o seu verdadeiro dharma, e nós continuemos com o nosso: propagar a cultura yoguica para outras seres de forma desapegada, sem aversão a ninguém, com consciência da nossa identidade e sem medo da vida e da morte.

Esse apego aos alunos, pode nos conduzir à "adaptar" a qualquer custo ao que acreditamos que eles mais "apreciem" ouvir, e mantenham-se fiéis até a morte a nós (e continuem, logicamente, matriculados e "em dia" com vossas mensalidades e nossos bolsos). Essa desesperada "adaptação a qualquer custo" pode nos conduzir, em algum momento, a trocar (ficamos cegos, na verdade) a espiritualidade do Yoga para uma cientificidade exagerada que só percebe os benefícios à saúde orgânica, nível de condicionamento cardiorrespiratório e secreção de alguns hormônios e neurotransmissores que a vida de Yoga proporciona.

Constantemente ouço dizer e leio também em revistas e "recepções" de academias que o Yoga acalma! Quem faz isso é rivotril e outros ansiolíticos e antidepressivos! O Yoga incomoda, estimula e nos faz pensar, repensar, refletir, entrar em "parafuso" e rever os nossos comportamentos, sentimentos e (pré)conceitos. Não é fácil praticar Yoga, requer tempo (para muita gente, grana), esforço (tapas), auto-estudo constante (svadhyaya) e entrega total (isvarapranidhana). Dessa forma, professores não tenham medo de divulgar a filosofia e a religiosidade do Yoga, acreditem e tenham fé que VAI DAR CERTO.

O Yoga possui 5 mil anos e continua sendo "testado" pelos mais importantes laboratórios do mundo, a vida; e você talvez tenha algumas décadas apenas de prática, e os seus alunos alguns anos(?), ou seja, vai dar tempo, não se apressem... Alguns alunos vão sair, outros vão chegar, alguns retornarão. Não nos apavoremos em adequar sempre, pois poderemos correr o sério risco de nos perdermos e vivermos uma enorme EGOTRIP, andando com roupas de cor açafrão, rostos pintados, títulos de nobreza na frente dos nossos nomes e forçados a andar calmamente e falar de-va-gar SEMPRE (muito mais tamas do que sattva), enquanto, muitas vezes, o mundo exija ação, só para "parecermos" yogues para os outros. Hey brother, wake up!

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